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Beata italiana vai se tornar santa após Papa Francisco reconhecer milagre ocorrido no Brasil

Elena Guerra, a 'Apóstola do Espírito Santo', será canonizada no domingo (20), seis meses após o Vaticano decretar que a cura de um morador de Uberlândia, ...

Beata italiana vai se tornar santa após Papa Francisco reconhecer milagre ocorrido no Brasil
Beata italiana vai se tornar santa após Papa Francisco reconhecer milagre ocorrido no Brasil (Foto: Reprodução)

Elena Guerra, a 'Apóstola do Espírito Santo', será canonizada no domingo (20), seis meses após o Vaticano decretar que a cura de um morador de Uberlândia, com traumatismo craniano e desenganado pelo médico, foi um milagre da professora que viveu na Itália entre 1835 e 1914. Túmulo da beata Elena Guerra em Lucca, na Itália. Divulgação Túmulo de Elena Guerra na cidade de Lucca, na Itália Divulgação No próximo domingo (20), o Vaticano vai realizar a cerimônia de canonização da beata italiana Elena Guerra. Conhecida como a 'Apóstola do Espírito Santo', um dos milagres que contribuíram para o processo de santificação de Elena aconteceu no Brasil, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. 🔔 Receba no WhatsApp as notícias do Triângulo e região A história que culminou na publicação de um decreto pelo Papa Francisco no dia 13 de abril de 2024, reconhecendo o milagre atribuído à beata e abrindo caminho para ela se tornar santa, aconteceu em 2010. Na época, o enfermeiro que hoje é aposentado, Paulo Gontijo, tinha 49 anos e sofreu um grave traumatismo craniano e teve suspeita de morte encefálica depois de bater a cabeça ao cair de uma árvore de 6 metros de altura enquanto fazia uma poda. Família religiosa já conhecia a beata Beata Elena Guerra Reprodução/Redes sociais Muito católica, a família de Paulo já conhecia a religiosa e foi a cunhada, Marilda Fonseca que deu início à novena para a beata Elena Guerra junto de amigos pedindo a cura dele. "Enquanto o Paulo estava no hospital, parentes e amigos vinham até nossa casa para rezar terços e rosários para Elena Guerra. Nós também começamos uma novena no hospital pedindo a intercessão da beata. Eu comecei a pedir para que ela pedisse a Jesus por um milagre surpreendente.", contou a esposa de Paulo, Maria Roseli. Após 25 dias em coma no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), os médicos deram poucas chances de que Paulo iria sobreviver aos danos causados pela queda e, caso se salvasse, teria sequelas graves. A família lembra que a situação de Paulo era tão grave que o caso dele passou a ser tratado dentro de um protocolo de morte encefálica. Assim, pediram ao pároco da igreja que frequentavam, William Eurípedes Garcia, para que Paulo recebesse a extrema unção - sacramento católico que consiste na unção do enfermo acompanhada de uma oração - na Unidade de Terapia Intensiva. Padre William Eurípedes Garcia; Uberlândia Reprodução / TV Integração "Eu levei o sangue de Cristo, que é o vinho consagrado, com a intenção de pingar algumas gotas na língua dele, para que ele pudesse ter ali a presença de Cristo vivo e ressuscitado junto dele. Eu coloquei essas três gotas na língua do Paulo, onde ele abruptamente reagiu de maneira brusca ao tocar o sangue na língua, uma pessoa que já estava com o quadro de morte, ter esses movimentos bruscos foi surpreendente. Eu fui pego de surpresa com esse milagre que foi imediato", lembrou o padre. "Quando pingou as gotas na minha boca eu abri o olho, quis levantar, deitei de novo. Aí, o doutor Milton mandou parar, falou 'Para tudo, o cérebro do Paulo está normal, volta do jeito que está'. Eu voltei e fui recuperando", recordou Paulo Gontijo. Os médicos voltaram a encontrar atividade elétrica no cérebro de Paulo e onde esperavam sequelas gravíssimas, ficaram sequelas mínimas. Paulo teve alta do hospital no dia 30 de abril de 2010. LEIA TAMBÉM: Considerado santo pelo povo, João Relojoeiro sofreu crime que chocou Uberlândia Nascida com apenas meio quilo, bebê tem alta da UTI após mais de 90 dias na neonatal em MG Paulo Gontijo Reprodução / TV Integração Investigação do milagre pelo Vaticano Após a investigação e reunião dos documentos, em 2013, a Diocese de Uberlândia encerrou o processo e encaminhou para Roma. Neste dia que encerrou as investigações no Brasil, os documentos foram lacrados e enviados para a Santa Sé, para a Congregação da Causa dos Santos. Na sessão solene de clausura - que é uma fase do inquérito de canonização - foram apresentadas duas cópias autenticadas do processo referente ao suposto milagre. Durante a fase de investigação do milagre, um representante da Igreja Católica foi enviado à Uberlândia para recolher documentos e pedir que novos exames fossem feitos em Paulo. Vários encontros foram realizados na Itália ao longo desses anos com representantes da igreja, e após mais de 10 anos, o Papa Francisco promulgou o decreto que reconheceu o milagre da beata no Brasil. Quem é Elena Guerra Ela, que nasceu na Itália em 1835 e faleceu em 1914, aos 79 anos, foi professora, fundadora da Congregação Oblatas do Espírito Santo e era conhecida também como uma pessoa muito caridosa. Elena Guerra tinha um amor incondicional pelo Espírito Santo e queria espalhar essa devoção, tanto que escreveu 13 cartas ao papa da época, pedindo a ele que reforçasse com os cristãos a importância de rezar a novena pedindo os 7 dons. Em 1959, quando Elena foi beatificada, recebeu o título de Apóstolo do Espírito Santo. 📲 Siga o g1 Triângulo no Instagram, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas M

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